Flor de Laranjeira

Flor de Laranjeira
Aqui sou simplesmente, feliz...

terça-feira, 29 de maio de 2012

LÁ NA MINHA ALDEIA…

Recordo hoje ainda, que
de pequenina já versejava,
descalça pela terra vermelha
os meus sonhos extravasava.

Texto e Retrato:
Edite Pinheiro
Maio, 29 / 2012

sexta-feira, 25 de maio de 2012

VITALIDADE...

As gotas de orvalho nas madrugadas renovam o corpo e a alma,
mantêm a mente sã, criadora de ideais puros e plenos de saber.

Pensamento:
*edipinheiro*
05/2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

SEDUZ-ME


Ousei seduzir-te apenas…
Imaginei teu corpo nu,
e isso seduz-me!

*edipinheiro*
05/2012

By the window – john silver – óleo sobre tela

Esperança...


A esperança é único alento que me mantém viva.

Foto e texto:
*edipinheiro*
05/2012

SEDUZ-ME HOJE!

Seduz-me a qualquer hora, a cada instante.
Seduz-me com arte e entrega o teu corpo à loucura do meu.

Pensamento:
*edipinheiro*
05/2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

DIVAGAR...

Na paz a irreverência apetecia-me,
na agrura dos tempos a solidão seduzia-me.

*edipinheiro*
05/2012

sábado, 19 de maio de 2012

DAQUI VEJO O RIO (Conto)

De onde estou, posso escutar o rio. Escuto-o e falo com ele. Faço dele meu confidente. Conto-lhe tudo acerca de mim. Passo horas junto dele, perdendo a noção do tempo. Sei que tudo o que lhe digo fica ali... nas águas do rio, onde estou. Sei que nunca ninguém vai saber das palavras simples que só com o rio eu falo. Só há uma coisa que ainda não lhe contei. Algo estranho e significativo que se passou comigo. Um dos meus passeios ia sendo o último de todos os que já fiz. Caminhava sozinha, como é hábito meu, pelo parque e por caminhos rodeados de árvores, quando avisto ao longe uma silhueta que se aproxima velozmente de mim. Atemorizada, trepo rapidamente para uma árvore e seguro-me num ramo onde fico dependurada. Nesse preciso momento consigo ver uma fera enfurecida, escorrendo baba de raiva, de dentes afiados, sedentos de sangue, pronta para me ferrar, para cravar os dentes no meu corpo. Consigo sentir o seu furor muito perto de mim e entro em pânico. Baloiço o ramo e projeto-me mais para cima da árvore. Todo o meu corpo treme de medo e apodera-se de mim a sensação de que ia morrer se ninguém viesse em meu auxílio. Mas algo aconteceu que amansou a fera. Alguém a tinha laçado. Ganhei coragem e desci da árvore, do meu refúgio. Quando desço a fera aproxima-se devagar e, já não respiro ofegante, já não sinto nada, já não tremo, não tenho medo. Começo a soluçar intensamente. Estico a mão e acaricio-a. Perco a noção de tempo, de espaço, a razão de viver, já nada importava se tivesse de morrer.

Edite Pinheiro
Maio, 17 / 2010

sexta-feira, 18 de maio de 2012

SENSUALIDADE

Com tuas palavras cálidas, tímida coro
quando, a sós, me mimas e afagas de amor.
Sussurro-te que mais lágrimas já não choro,
no abandono desta sentida e profunda dor!

Olvido aos poucos os farrapos da memória,
véus da alma num flash breve da história.
As tuas palavras, doces e suaves, alimentam
no som terno e sensual, vêm e me acalentam.

Envolta a nossa alma de gestos que adoramos
e o nosso olhar estático inebriado de doçura,
intensos abraços, etéreos de paixão e de bravura.

Em toques mágicos e sensuais nos amamos,
envoltos os corpos em embevecidos beijos,
libertos nossos lábios sedentos de desejos.

Edite Pinheiro
Junho, 24 / 2011

terça-feira, 15 de maio de 2012

MENINA A LER


I KNOW THE WORLD THROUGH BOOKS, THROUGH POETRY!
SÓ CONHEÇO O MUNDO PELOS LIVROS, PELA POESIA!

I had never seen other worlds,
Nunca tinha visto outros mundos,

Life is double
A vida é um bocado como duas vidas

the weather, dry, brown and very hot
O tempo, seco, castanho e muito quente

The water, blue, reflecting the sun.
A água, azul, com o reflexo do sol nascente.

Identity problems,
Problemas com a identidade,

I don`t even know what my age is?
Já não sei qual é a minha idade?

I am not a foreigner any more
Já não sou de fora

I am not from here either.
Mas também não sou de cá.

I just know!
Só sei o que sou agora!

Música: Chopin - Grande Polonaise

Estátua: Menina a ler
Local: Largo da Quinta do Pinheiro - Palmela
Autor: escultor Laurentino Silva (Camarro)

Telas e pinturas: Menina a ler
Autores:
- Zinaida Serebryakova
- Claxton
- Renoir
- Mary Gow
- John Kieran

Mulher a Ler, pintura, 1874-76, Pierre-Auguste Renoir - Musée d'Orsay, Paris

Letra de música e vídeo:
Edite Pinheiro
Abril, 25 / 2009

VENCER…

Para vencermos,
temos de aprender a lutar por aquilo que pretendemos.

Pensamento:
*edipinheiro*
05/2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MENINA...

A menina perdida no caminho da esfinge…
Resgatei-a e devolvia ao colo de sua mãe.

*edipinheiro*
05/2012

domingo, 13 de maio de 2012

13 DE MAIO

Maio mês de Maria na tradição popular
Na Cova da Iria diz-se aparecida casual
Momento místico e fenómeno factual

Neste dia festivo o mundo católico
Veste-se de gala para Maria celebrar
Manifesta religiosidade e fé popular

Todos os caminhos vão dar a Fátima
Implora-se com denodo e devoção
Agradece-se em sentida veneração

Maio mês Mariano na tradição familiar
Na igreja em devoção, ora-se à virgem
Nos lares à Mãe mostramos gratidão.

Edite Pinheiro
Maio, 13 / 2012

sábado, 12 de maio de 2012

SENTIR...

Quanto mais profundamente sentimos, mais sentidamente nos exprimimos.

*edipinheiro*
05/2012

sexta-feira, 11 de maio de 2012

OLHOS AZUIS

Olhos fechados em sono profundo. De um azul fecundo. Abrem-se, despertam na noite estrelada. Nasce uma vida nova, uma nova desfolhada. Nas folhas verdes das árvores floridas, nos laranjais das terras prometidas. Com as chuvas de Primavera rebentam as sementes e toda a vegetação ganha vida. Assim começa uma nova era. Entro na tempestade, que grande maldade, sem tecto nas chuvas de um dia incerto, de um céu sem sol e com nuvens coloridas. Ando pelas ruas, apanho todas as chuvas. Curo todas as doenças, acredito em todas as crenças. Ah! como seria se não tivesse dado aquele murro na mesa, como teria sido se não desse aquele empurrão, o salto nas alturas, ganhando todas as formas, todas as estruturas, todos os pilares que me sustentam. Como seria? Alguém saberá? Sim, só eu sei! Que só tu foste capaz, só tu foste a minha inspiração, a minha admiração, só em ti acreditei, só tu me fizeste feliz. Sim só tu!

"De entre todas as coisas... aquele lugar! Onde as árvores são só árvores e o vento é só pensamento, solto num dia livre. Limpo! Completo..."

"Só, respiro na sala imensa onde quero pintar todas as paredes com todas as coisas que posso ainda fazer contigo. Sim! Num museu. Sim! Como sendo realidade. Sim!"

"Aquele lugar pensado, desejado, sonhado, num recanto qualquer da cidade que fica para trás de mim, ao longe. Um dia saberás o que isso fez de mim. Fez de mim, simplesmente, um ser feliz. Preciso imensamente do lugar onde tudo faz sentido. Preciso intensamente da tua presença para me sentir completa."

Edite Pinheiro
Maio, 09 / 2010

terça-feira, 8 de maio de 2012

Meu amor...

O teu corpo nu à luz acessa,
espera volúpia na subtileza.
Serenamente o teu rosto sorri,
olhos que sinto, mas ainda não vi.

Hoje, o teu rosto mora em mim!

Edite Pinheiro
Outubro, 19 / 2011

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PAIXÃO

Sinto-te vento aquietado,
quando em claras noites longas
chovem flores de amor inebriado,
idílios romanceados de loucura
em céu de anil, o corpo arrebatado.

Nessas noites esplendorosas
vestimos rostos de azul revigorado,
nas taças, vinho florido de rosas,
e nós bebendo o luar extasiado
em deboche e seivas amorosas.

Resgato o destino que emoldurei,
abro os gomos de um tempo a sós,
inalo o perfume da terra que toquei
e em teu peito suspira a minha voz
no leito revolto onde me acalentei.

Acordei pelos madrigais das aves
e o sol triunfante na minha janela.
A minha lira suavemente tocaste,
no alvor da branca madrugada
docemente minha pele desfolhaste.

As minhas mãos falam por mim,
pintam estas palavras só para ti.
No olhar, votos de vida em união
e no abraço que nos prende aqui,
abonamos razão à voz do coração.

Edite Pinheiro
Maio, 07 / 2012

Tela: “Amantes” de Ueliton Santana

domingo, 6 de maio de 2012

Vejo-te!

Vislumbro a enormidade sem fim
Vejo-te para lá da linha definida finalmente

Foto e pensamento:
*edipinheiro*
05/2012

Feliz Dia da Mãe!

Quando cheiro as flores
nas radiantes alvoradas,
balsâmicas a despertar,
Amo-te mãe!
Quando cheiro o ar
das alvas madrugadas,
que me faz revigorar,
Amo-te mãe!

Foto e texto:
*edipinheiro*
05/2012

Amo-te mãe!

a minha vida é música
é arte nascida de ti.
Amo-te mãe!

Foto e pensamento:
*edipinheiro*
05/2012

sábado, 5 de maio de 2012

AMO-TE MÃE!

Quando cheiro as flores
nas radiantes alvoradas,
balsâmicas a despertar,
Amo-te mãe!
Quando cheiro o ar
das alvas madrugadas,
que me faz revigorar,
Amo-te mãe!

Mãe eu te agradeço
o teres-me gerado
e no teu ventre
teres-me carregado.
Ensinaste-me o sentido
do mistério da criação,
deste-me um motivo
para eu ter nascido,
a minha vida é música
é arte nascida de ti.
Amo-te mãe!
Memórias engrandecidas
na beleza das flores,
na doçura do mel,
no brilho das estrelas,
existências renascidas.
Mãe, a minha vida sem ti
reacendeu o meu destino,
restaram as recordações
e a saudosa imagem
do teu generoso sorriso.
Amo-te mãe!

Amamos as nossas mães
e sempre as amaremos,
mesmo sem sabermos
profundo amor lhe teremos,
e só nos damos conta
dos laços e raízes
das memórias do tempo
que por nós passou,
e desse amor integro
que a mãe nos devotou,
na derradeira separação,
quando as perdemos
e fica o profundo vazio
de tudo o que restou.
Amo-te mãe!

Mães carinhosas,
repreensivas
ou protectoras,
são todas iguais,
mães amorosas,
mães afectuosas,
ternas e afectivas
em beijos acalentados,
no amor pelos filhos
simbolizados.
Amo-te mãe!

Mãe,
olha só as figuras brancas
que não posso ler-te.
Da minha janela,
já nada,
nem o mundo pode ver-te.
Mãe que foste,
eu te amei.
Amo-te mãe!
Mãe, tu que és mãe,
sê-lo com alma!
Dá aos outros a tua mão a guardar.
Dá tua mão digna a teus filhos,
pois eles te irão reconfortar
quando tu dela necessitares.

Mãe, hoje é o teu dia,
mas para mim
todos os dias são teus.

A todas as mães dedico este poema.

Edite Pinheiro
Maio, 06 / 2012

MÃE

A ti querida mãe dedico este dia
e com especial carinho te recordo,
como prova de grande e sentido amor
que não é maior que o que tu por mim sentias.
E quanta falta me fazes!
Ainda não me habituei à ideia de que partiste,
de que já cá não estás,
nem o quanto preciso de ti.
Abalaste ainda não há muito tempo
minha querida Mãe!
Sempre tive um grande orgulho em ti,
sempre admirei a tua coragem
de enfrentar a vida com tanta realidade,
em todos os momentos de dor.
Mãe querida, até no adeus foste superior,
no amenizar do meu sofrimento na tua perda.
Mas algo muito importante, entretanto aconteceu
e tu não pudeste assistir:
- O nascimento do teu bisneto.
- O meu neto, que veio ao mundo logo após o teu adeus.
Minha querida Mãe,
ainda guardo na memória a tua doce voz,
as tuas palavras de afago e carinho,
a tua protecção, os teus avisos.
Mãe, que tanto me amaste,
no vazio que deixaste encontro a força para te recordar!

Edite Pinheiro
Maio, 01 / 2011

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PALAVRAS FLORIDAS

Nessa rocha dura, que perdura
Limpa de raízes e espinhos,
Dela soltarás ao vento pergaminhos?

Dos dedos unidos em dádivas de amor,
Nessas mãos abertas, lisas e finas
Nascem sorrisos num mar de trinas,
Florestas de palavras decifram a flor.
A flor que nasce no desejo sempre dura
Em sorrisos plenos de confiança,
Sabedores de esperança.

Edite Pinheiro
Agosto, 14 / 2011

terça-feira, 1 de maio de 2012

DIA MUNDIAL DO TRABALHADOR

“pinceladas do 1 de Maio”

Tanto faz ser lavrador,
pastor, cavador, lenhador
ou ter qualquer outro labor.

A lavoura é imprescindível,
no campo de natureza incrível,
é um bem necessário e visível.

Tanto faz ser artista
da palavra ou dos pincéis,
artesão da madeira, ou dos anéis.

A palavra é importante
para a formação e cultura,
educa e eleva a nossa postura.

Tanto faz ser doutor
como abnegado pescador,
a ambos se dá o justo valor.

O trabalho é laborioso,
em dedicação, grandioso,
torna o homem valoroso.

Tanto faz ser gestor,
devoto ou letrado orador,
como altruísta educador.

Todo o trabalho competente
serve o bem de toda a gente
e prenhe, é dádiva de contente.

Edite Pinheiro
Maio, 01 / 2012

Pintura: “Las pinceladas” de Anthony Hopkins